A situação da cadeia pública de Costa Rica é caótica. Construída no século passado para abrigar oito presos, hoje estão encarcerados mais de 30 detentos. Dias atrás o delegado foi obrigado a liberar receptador de produtos de furto por falta de espaço. Um novo prédio foi construído com celas que tem capacidade para abrigar 36 detentos, está pronto só faltando as autoridades do Estado autorizarem a ocupação do local, mas tudo esbarra na falta de agilidade e boa vontade dos gestores para equipar o local.

De um lado os presos passando por uma situação degradante devido as condições subumanas que se encontram, do outro a autoridade policial obrigada a conviver com o risco de uma tragédia anunciada a qualquer momento, e na ponta os moradores da cidade relegados a segundo plano, vitimas do descaso dos políticos responsáveis pela política de segurança.

No “calabouço” onde os detentos estão confinados as paredes estão soltando, o mal cheiro é horrível, as condições de higiene não existem, e por fim o risco de fuga é constante.

Uma fuga em massa dos detentos com certeza provocaria uma tragédia. A cadeia abriga presos de alta periculosidade que já manifestaram a intenção de assassinar o delegado e pelo menos uma agente de polícia civil.

O prédio onde vai abrigar a nova delegacia e as celas está pronto desde o mês de dezembro último, mas a burocracia do Estado e a má vontade do Secretario de Estado de Justiça e Segurança Pública, Wantuir Jacine Brasil, e do governador André Puccinelli (PMDB), deixam os cidadãos a mercê da própria sorte mesmo depois que o dinheiro do contribuinte já foi aplicado na enorme estrutura.

Resta agora a reação da sociedade organizada de cobrar um local digno de trabalho para os policiais e condições decente para que os presos possam aguardar julgamento ou pagar suas penas.

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