|
Na manhã da última quinta-feira, 13 de novembro, o auditório da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) foi palco da abertura oficial do 8º Seminário Estadual da Guavira. O evento, já tradicional no calendário científico e cultural do estado, celebra o uso sustentável da guavira (Campomanesia spp.), fruto símbolo oficial de Mato Grosso do Sul desde a promulgação da Lei Estadual nº 5.082/2017. Com o tema “Bioeconomia e Mudanças Climáticas: cultivando biodiversidade e fortalecendo comunidades”, a edição de 2025 promove um espaço de diálogo entre ciência, saberes tradicionais e práticas sustentáveis, reforçando o papel da biodiversidade na construção de futuros resilientes e socialmente justos. Abertura destaca identidade, sustentabilidade e desenvolvimento regional A cerimônia de abertura reuniu autoridades, pesquisadores, estudantes, produtores rurais e representantes da sociedade civil. O deputado estadual Renato Câmara, autor da lei que instituiu a guavira como símbolo do Estado, destacou o valor cultural e econômico do fruto, ressaltando seu papel na construção da identidade sul-mato-grossense. Ele também enalteceu a atuação da UEMS na transformação desse potencial em inovação e oportunidades. O Secretário Executivo de Desenvolvimento Econômico da Semadesc, Rogério Bereta, parabenizou a realização do seminário e apontou a guavira como destaque no cenário frutícola estadual. Ele reforçou a importância da parceria entre universidades, governo e centros de pesquisa para ampliar a produção comercial da fruta. A professora Zildamara Holsback, coordenadora do curso de Biologia da UEMS, defendeu o evento como uma ferramenta de valorização do Cerrado e de aproximação entre ciência e comunidade. Para ela, a guavira representa o elo entre tradição, economia local e conservação ambiental. José Antonio Roldão, superintendente do Ministério da Agricultura em MS, celebrou o crescimento da iniciativa e destacou a necessidade de fortalecer a gestão ambiental com apoio da comunidade e da pesquisa técnica. O reitor da UEMS, professor Laércio de Carvalho, enfatizou o protagonismo da agricultura familiar e a participação ativa dos produtores na cadeia da guavira. Ele agradeceu o apoio das equipes envolvidas e do Governo do Estado, reafirmando o compromisso da universidade com a pesquisa, a extensão e o desenvolvimento regional. Painéis e atividades celebram ciência e cultura A programação do primeiro dia contou com dois painéis temáticos:
-
Painel 1 – Mudanças Climáticas e Impacto na Biodiversidade (9h às 11h30), com Vinicius Banda Sperling, o deputado Renato Câmara e a Profa. Dra. Camila Aoki (UFMS).
-
Painel 2 – Bioeconomia: um agente da inovação e conservação da biodiversidade (14h30 às 17h), com a Profa. Dra. Vanderlan da Silva Bolzani (Unesp Araraquara) e o Prof. Dr. Ricardo Senna (Semadesc).
Além dos painéis, o público participou de atividades como o Brota Guavira (apresentação de trabalhos científicos), a Feira Pé di Guavira – Sabores e Aromas do MS, e o Concurso de Fotografia e Poemas “Guavira Sou Fã”. Oficinas e dia de campo no CEPAER Nesta sexta-feira, 14 de novembro, as atividades se concentram no Centro de Pesquisa da AGRAER (CEPAER), com oficinas práticas voltadas à culinária, fitocosméticos e industrialização da guavira. A programação inclui ainda um dia de campo sobre o cultivo da fruta, realizado no campo experimental da instituição. Guavira: símbolo de identidade e sustentabilidade Desde 2018, o Seminário Estadual da Guavira tem se consolidado como uma iniciativa que integra ciência, cultura, extensão e economia solidária. Segundo a professora Cláudia Cardoso, coordenadora de Pesquisa da UEMS, o evento fortalece o diálogo entre universidade e sociedade, valorizando a biodiversidade e os saberes locais. A edição anterior reuniu mais de 600 participantes, consolidando o seminário como referência nacional em bioeconomia, sociobiodiversidade e desenvolvimento sustentável. |