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Na sessão desta segunda-feira (10), a Câmara Municipal de Costa Rica aprovou o Projeto de Lei nº 1.597/2025, que institui o “Selo Genuinamente Costarriquense”. A iniciativa, de autoria do Executivo, tem como objetivo valorizar, identificar e promover os produtos feitos no município, especialmente os de origem animal e vegetal. O selo funcionará como um certificado de qualidade e procedência, garantindo ao consumidor que o produto foi elaborado dentro dos padrões sanitários e de boas práticas exigidos pela legislação vigente. Benefícios para o Município A implementação do selo traz diversos benefícios para Costa Rica/MS:
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Fortalecimento da economia local
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Geração de emprego e renda
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Incentivo ao turismo gastronômico
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Preservação cultural
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Aumento indireto da arrecadação municipal
Produtos Certificáveis Entre os produtos que podem receber o selo estão:
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Ovos classificados
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Embutidos e defumados artesanais
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Queijos e requeijão artesanais
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Mel e derivados apícolas
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Outros produtos devidamente fiscalizados
Outros itens poderão ser incluídos mediante avaliação da Secretaria Municipal de Agricultura. Para produtos de origem animal, é obrigatória a inscrição prévia no SIM-COINTA ou serviço de inspeção equivalente. Comercialização e Limitação Territorial Inicialmente, os produtos certificados só poderiam ser comercializados dentro do território municipal. No entanto, a Emenda nº 02/2025, proposta pelos vereadores Rayner Moraes e Lucas Gerolomo, corrigiu essa limitação. Agora, os produtores poderão vender seus produtos em outros municípios e estados, desde que atendam às normas de inspeção e qualidade. O selo poderá ser usado como indicação de origem, sem substituir as fiscalizações sanitárias obrigatórias. Requisitos para Obtenção do Selo Para obter o selo, o produtor deve:
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Comprovar domicílio ou sede em Costa Rica/MS
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Utilizar ao menos 70% de matéria-prima de origem local
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Adotar boas práticas de produção e conservação
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Manter registros de rastreabilidade
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Cumprir a legislação sanitária
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Estar regular junto ao Fisco Municipal
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Submeter-se a inspeções periódicas
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Utilizar rótulos com informações obrigatórias
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Comprovar registro válido no SIM-COINTA (para produtos de origem animal)
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Respeitar a limitação territorial de comercialização
Procedimento de Concessão O processo será coordenado pela Secretaria Municipal de Agricultura, com apoio do COINTA para produtos de origem animal. Inclui:
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Protocolo do requerimento
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Análise documental
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Verificação sanitária
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Vistoria técnica
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Parecer técnico
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Decisão fundamentada
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Expedição do certificado e autorização de uso
O prazo de análise é de 60 dias, prorrogável uma vez por igual período. Vigência e Manutenção O selo terá validade de dois anos, renovável mediante novo requerimento e comprovação dos requisitos. Os beneficiários devem manter documentos atualizados, zelar pela marca, participar de capacitações e respeitar as normas de comercialização e fiscalização. Fiscalização e Sanções A fiscalização será realizada pelo Poder Executivo Municipal. O descumprimento da lei pode acarretar:
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Advertência
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Suspensão do uso do selo por até 6 meses
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Cassação definitiva da certificação
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Multa de 2 a 20 UFMs
O uso indevido do selo, a comercialização fora do território sem inspeção adequada ou a perda da regularidade sanitária implicam sanções severas, incluindo responsabilização civil e criminal. Assistência Técnica e Capacitação A Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Agricultura, oferecerá assistência técnica e capacitações periódicas em parceria com órgãos públicos e entidades especializadas. Os temas incluem:
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Boas práticas de produção
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Conservação e armazenamento
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Rotulagem e apresentação
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Gestão da qualidade e rastreabilidade
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Legislação sanitária
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Comercialização no âmbito municipal
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Procedimentos específicos para produtos de origem animal
Reconhecimento e Impacto Social O Selo Genuinamente Costarriquense foi amplamente elogiado pelos vereadores da Câmara Municipal, que destacaram seu potencial para fortalecer a identidade dos produtos locais, garantir segurança alimentar por meio da vigilância sanitária e promover inclusão social. A iniciativa também foi reconhecida como uma oportunidade para apoiar pequenos produtores, estimular o empreendedorismo e fomentar o desenvolvimento regional, com ênfase na importância do debate técnico para aprimorar a legislação. O Poder Executivo regulamentará a lei em até 90 dias. Hora da Notícia |