Cinco policiais militares rodoviários que atuavam na base da MS-134, em Nova Andradina (MS), foram condenados à expulsão da corporação e a 14 anos de prisão por envolvimento em um esquema de corrupção. Os crimes incluem lavagem de dinheiro, facilitação de contrabando e associação criminosa. A sentença foi proferida pela Justiça Militar em março de 2024. A investigação, conduzida pela Corregedoria da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, culminou na Operação Dia Bom, deflagrada em julho de 2023. O nome da operação faz referência ao modo de atuação dos policiais, que informavam aos contrabandistas os “dias bons” para transportar produtos ilegais do Paraguai — justamente quando estariam de plantão na base operacional. Segundo o Ministério Público, os policiais recebiam salários de R$ 4.400, mas movimentavam valores superiores a R$ 24 mil, com transferências via Pix feitas por empresas ligadas ao transporte de cargas. As denúncias indicam que “sacoleiros” pagavam propina para facilitar a entrada de mercadorias contrabandeadas. Foram condenados os sargentos Renato Pereira da Silva e Leandro Tibúrcio de Lima (ambos na ativa), João Cláudio Lourenço dos Santos e Aretuza Osti de Oliveira (em reserva remunerada), e o cabo Diego do Amaral Oliveira (também na ativa). Em segunda instância, o Ministério Público conseguiu incluir a condenação por lavagem de capitais. Por outro lado, os sargentos José Miguel Calixto Bastos (na reserva) e Heitor Henrique Costa Balbino (em licença de saúde), que haviam sido condenados a 11 anos de prisão, foram absolvidos de todos os crimes pela 1ª Câmara Criminal em decisão de 7 de agosto de 2025. Todos os envolvidos permaneceram presos durante o processo e ainda podem recorrer às instâncias superiores.
Fonte: Campo Grande News.
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