A crise interna no Partido Liberal (PL) de Mato Grosso do Sul ganhou novos contornos neste fim de semana após declarações explosivas do deputado federal Marcos Pollon (PL). Em meio à manifestação política onde foi impedido de subir no trio elétrico, Pollon fez um discurso inflamado, marcado por ofensas e palavrões, criticando duramente a aliança do PL com o PSDB união avalizada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. O desabafo, que incluiu ataques pessoais ao presidente estadual do PL, Hugo Mota, e acusações de traição à legenda, repercutiu nas redes sociais. Em sua conta no antigo Twitter (atualmente X), o parlamentar intensificou os insultos, utilizando reiteradamente expressões como “foda-se” e outras de baixo calão, o que levou à suspensão do seu perfil na plataforma. Durante o discurso, Pollon acusou Mota de ter “entregado o PL à porcaria do PSDB”, classificou os responsáveis pela decisão como “canalhas” e disse estar disposto a colocar sua carreira política em risco em nome da sua ideologia. A rivalidade entre Pollon e o também deputado Rodolfo Nogueira, organizador do evento, foi exposta de maneira contundente, com Pollon alegando que foi barrado no palanque por questões políticas internas. Pollon mantém vínculos com Eduardo Bolsonaro e sua esposa, Naiane Bitencourt, bem como com a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Já Rodolfo é considerado mais próximo do ex-presidente Jair Bolsonaro, o que aprofunda os rachas dentro do grupo conservador. O episódio reacende o debate sobre os limites do discurso político nas redes sociais e os impactos das alianças partidárias na base bolsonarista. |