O Mato Grosso do Sul vive uma realidade alarmante quando se trata da segurança feminina. Nos primeiros sete meses de 2025, o Estado já acumula uma média de 58 mulheres agredidas por dia muitas dentro de casa e pelos próprios companheiros. Entre as vítimas, está Rose Antonia de Paula, de 41 anos, moradora de Costa Rica, assassinada em 27 de junho. Segundo dados da Sejusp-MS até 1º de agosto, 12.192 denúncias foram feitas, revelando um panorama de violência persistente. O caso de Rose Antonia de Paula, de 41 anos, assassinada em Costa Rica (MS), o principal suspeito do crime, Juliano Pinheiro de Oliveira, de 40 anos, foi preso dia 30 de junho após estar foragido desde o dia do feminicídio, ocorrido na sexta-feira (27). Rose foi morta com golpes de facão dentro de casa. Juliano foi localizado em uma propriedade rural de Alcinópolis (MS), a cerca de 91 quilômetros de Costa Rica. Em média, uma mulher sofre violência doméstica a cada duas horas no Estado. No mesmo período, 40.081 casos foram registrados em que o autor da agressão era o cônjuge da vítima. Feminicídios escancararam a brutalidade Além das agressões, 20 feminicídios foram registrados em MS entre janeiro e julho de 2025 uma média de um assassinato a cada 9 dias. As vítimas foram mortas apenas por serem mulheres, e os casos revelam a face extrema da violência de gênero. Entre os crimes mais chocantes estão:
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O duplo feminicídio de mãe e filha, incluindo um bebê de 10 meses, cujos corpos foram queimados.
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O assassinato da professora Cinira de Brito, morta a facadas em uma emboscada armada pelo ex-marido em Ribas do Rio Pardo.
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A morte de Karina Corim, alvejada a tiros dentro de seu local de trabalho por um ex que não aceitava o fim do relacionamento.
Lista das vítimas Vítimas de feminicídio em MS (Jan–Jul/2025)
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Karina Corim – Caarapó (4 de fevereiro)
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Vanessa Ricarte – Campo Grande (12 de fevereiro)
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Juliana Domingues – Dourados (18 de fevereiro)
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Mirielle dos Santos – Água Clara (22 de fevereiro)
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Emiliana Mendes – Juti (24 de fevereiro)
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Gisele Cristina Oliskowiski – Campo Grande (1º de março)
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Alessandra da Silva Arruda – Nioaque (29 de março)
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Ivone Barbosa – Sidrolândia (17 de abril)
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Thácia Paula – Cassilândia (11 de maio)
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Simone da Silva – Itaquiraí (14 de maio)
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Olizandra Vera Cano – Coronel Sapucaí (23 de maio)
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Graciane de Sousa Silva – Angélica (25 de maio)
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Vanessa Eugênio Medeiros – Campo Grande (28 de maio)
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Sophie Eugenia Borges (bebê) – Campo Grande (28 de maio)
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Eliana Guanes – Corumbá (6 de junho)
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Doralice da Silva – Maracaju (20 de junho)
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Rose Antonia de Paula, de 41 anos Costa Rica (27 de junho)
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Michely Rios Midon Orue – Glória de Dourados (3 de julho)
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Juliete Vieira – Naviraí (25 de julho)
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Cinira de Brito – Ribas do Rio Pardo (31 de julho)
Rede de apoio: onde buscar ajuda Locais de apoio às mulheres em situação de violência 1. Sala Lilás
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Local: Anexa à Delegacia de Polícia Civil
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Atendimento exclusivo por mulheres
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Serviços: Registro de ocorrência, apoio psicossocial, ambiente reservado e acolhedor
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Espaço também adaptado para crianças
2. CREAS – Centro de Referência Especializado em Assistência Social
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Telefones: (67) 3247-7170 / 3247-7169
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Equipe: Psicóloga, assistente social e profissionais capacitados
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Serviços: Acompanhamento psicossocial e jurídico, orientação e encaminhamentos
Canais de atendimento:
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Ligue 180 (anônimo, orientação e encaminhamento)
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Ligue 190 (emergência policial)
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WhatsApp Promuse: (67) 99180-0542
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Denúncias sobre atuação policial: (67) 3314-1896 (Corregedoria), (67) 3316-2836 / 2837 / 9321-3931 (GACEP)
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