O Brasil foi oficialmente retirado do Mapa da Fome da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO/ONU), conforme anunciado nesta segunda-feira (28) durante a 2ª Cúpula de Sistemas Alimentares da ONU, realizada em Adis Abeba, na Etiópia. O país atingiu um marco importante ao registrar menos de 2,5% da população em situação de subnutrição, critério que define a presença de um país no mapa global da fome. Indicadores e metodologia A FAO utiliza o índice Prevalência de Subnutrição (PoU), calculado com base em três variáveis:
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Disponibilidade de alimentos (produção, importação e exportação)
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Capacidade de aquisição da população (renda)
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Necessidade calórica média por indivíduo
A média trienal de 2022 a 2024 colocou o Brasil abaixo do limite de 2,5%, mesmo após o ano crítico de 2022. Avanços sociais e políticas públicas Segundo o governo federal, cerca de 24 milhões de brasileiros saíram da insegurança alimentar grave até o fim de 2023, resultado atribuído a políticas públicas como:
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Fortalecimento da alimentação escolar
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Apoio à agricultura familiar
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Estímulo à geração de emprego e renda
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Expansão do Bolsa Família e programas de segurança alimentar
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comemorou nas redes sociais:“O Brasil está fora do mapa da fome, mais uma vez. Isso mostra que com políticas públicas sérias e compromisso com o povo, é possível combater a fome e construir um país mais justo e solidário.” Comparativo internacional O Brasil agora possui a menor taxa de insegurança alimentar moderada ou grave da América Latina (13,5%), ficando atrás apenas de Estados Unidos (10,3%) e Canadá (10,2%) no continente. Histórico Esta é a segunda vez que o Brasil sai do Mapa da Fome. A primeira foi em 2014, durante o governo de Dilma Rousseff. O país voltou à lista entre 2018 e 2020, mas reverteu o quadro em apenas dois anos de gestão atual. |