Na manhã da última terça-feira, 1º de julho de 2025, uma reunião de grande relevância foi realizada no Paço Municipal de Costa Rica/MS para tratar da persistente infestação da Mosca do Estábulo inseto que há mais de uma década vem causando sérios prejuízos aos rebanhos de produtores rurais da região, especialmente nas proximidades da Usina Atvos. O encontro teve como foco principal promover o alinhamento entre os diversos setores envolvidos e buscar soluções efetivas para o problema. A luta dos produtores contra essa praga remonta a 2014, quando o problema já causava indignação generalizada. Na época, cerca de 70 agricultores acamparam em frente à empresa Odebrecht (então responsável pela Usina ETH) em protesto contra o descarte inadequado da vinhaça nas lavouras, prática associada ao surgimento da mosca. Desde então, os produtores exigem uma resposta concreta e mudanças efetivas no manejo da vinhaça, resíduo da indústria sucroalcooleira que, em contato com palha de cana, forma criadouros ideais para o mosquito Stomoxys calcitrans a temida “mosca da vinhaça”. Participaram da reunião atual produtores rurais, representantes da Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal), da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), e do Ministério Público Estadual, representado pelo promotor Guilherme Pereira Diniz Penna. Também estiveram presentes o prefeito delegado Cleverson Alves dos Santos, o vice-prefeito Roni Cota, vereadores e secretários municipais. O objetivo central foi realizar uma análise técnica detalhada e estabelecer medidas concretas para mitigar a incidência do inseto na região, priorizando ações práticas e resultados mensuráveis. Durante as discussões, foi solicitada à Usina Atvos a apresentação das ações já implementadas para conter a proliferação da mosca. A eficácia dessas medidas foi amplamente debatida, com destaque para a necessidade de aprimoramento urgente, visando reduzir os impactos negativos sobre o rebanho e a produção agropecuária local. A persistência do problema tem causado indignação crescente entre os produtores, que relatam prejuízos significativos, incluindo queda na produtividade, transmissão de doenças e até morte de animais. A colaboração entre órgãos públicos, setor produtivo e empresas é vista como fundamental para o sucesso das estratégias de controle e para devolver a tranquilidade ao campo. Hora da Notícia |