O atual Campeonato Mundial de Clubes, disputado nos Estados Unidos, tem desafiado a tradicional hegemonia do futebol europeu e reacendido o protagonismo sul-americano na cena internacional. Pela ordem alfabética, Botafogo, Flamengo e Palmeiras lideram seus respectivos grupos, com o Flamengo já garantido na próxima fase. O Botafogo, por exemplo, pode até ser derrotado por até dois gols de diferença pelo Atlético de Madrid, na próxima segunda-feira, e ainda assim garantir sua vaga nas oitavas de final vale lembrar que o clube carioca já superou o poderoso Paris Saint-Germain. O Palmeiras também brilhou ao derrotar o Chelsea e enfrentará o Inter Miami em um confronto que pode classificar ambas as equipes com um simples empate. A situação mais delicada é a do Fluminense, que teve uma estreia promissora diante do Borussia Dortmund, embora tenha sido derrotado. Para seguir vivo na competição, o tricolor carioca precisa vencer os dois próximos compromissos: contra o Ulsan HD (Coreia do Sul), ainda nesta sexta-feira, às 19h, e contra o Mamelodi Sundowns (África do Sul), na última rodada. O desempenho dos clubes brasileiros tem gerado debate entre analistas europeus. Alguns atribuem os resultados ao desgaste físico dos jogadores do Velho Continente após o encerramento da temporada. Outros citam o calor norte-americano como fator de dificuldade. No entanto, há quem vá além, como o técnico Luis Enrique, do PSG, que prefere destacar a qualidade e intensidade do futebol brasileiro. Apesar do papel central do poder financeiro na montagem das super equipes europeias que investem bilhões de euros na contratação de talentos em todo o mundo , o que se vê neste Mundial é que o futebol vai além de grandes nomes. A competição tem revelado a força de elementos como coesão tática, espírito coletivo, capacidade de superação e entrega emocional. O torneio deixa uma mensagem clara: craques vencem jogos, mas times comprometidos e bem organizados fazem história. |