Lideranças do Partido Liberal (PL) e PSDB começam a discutir, na manhã desta sexta-feira, a possibilidade de alianças entre os partidos para a eleição nos 79 municípios de Mato Grosso do Sul. A conversa acontece após a troca da presidência estadual do PL, que agora tem Tenente Portela como presidente.
O agora ex-presidente, Marcos Pollon, trabalhou por candidatura própria do PL em, aproximadamente, 40 municípios, desconsiderando a possibilidade de aliança com o PSDB, a quem chama, assim como muitos bolsonaristas, de partido de esquerda.
Tudo mudou quando o ex-presidente, Jair Bolsonaro, e o presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto, fecharam parceria com os líderes do PSDB, Reinaldo Azambuja e Eduardo Riedel, e decidiram formar um grupo já pensando nas eleições de 2026, com promessa de filiação futura de tucanos ao PL. A proposta do PSDB agradou Bolsonaro e Valdemar, que praticamente rasgaram a construção feita até o momento.
Na nova composição, Bolsonaro e Valdemar tiraram Pollon da presidência, chegaram a cogitar Rodolfo Nogueira (PL), que recusou, e o cargo acabou caindo no colo de Tenente Portela, amigo pessoal de Bolsonaro.
Caberá a Portela, suplente da senadora Tereza Cristina (PP), a mando de Bolsonaro, rediscutir as candidaturas do partido em Mato Grosso do Sul, verificando a possibilidade de composição com o PSDB.
A reportagem apurou que o PSDB abrirá possibilidade de composição em vários municípios, com a oportunidade de indicação do vice, bem como parceria na composição da chapa de vereadores.
Com a conversa, é grande a possibilidade de mudança nas pré-candidaturas do PL, que tem apenas diretórios provisórios em, aproximadamente, 40 municípios, podendo serem destituídos a qualquer momento.
As tratativas de Portela serão feitas com os articuladores políticos do PSDB, Reinaldo Azambuja e Sérgio de Paula. Portela, inclusive, foi um dos articuladores da aliança, que envolveu o senador Rogério Marinho (PL), amigo pessoal de Reinaldo Azambuja e articulador político do PL.
Wendell Reis/Investiga-MS
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