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Esporte
21/07/2009 - 20:39
Costa Rica: Histórias de quem também ajuda o Brasil ser o país do futebol
Foto: Hora da Notícia
Jornal da Globo
"Oi papai. Eu e o mano estamos com muita saudade de você". Tem saudade. "Queria que meu pai estivesse aqui". "Não é esse conto de fadas não".

Tem dificuldade, mas acima de tudo, tem esperança. "Eu estou em busca desse sonho, para poder ajudar a minha família". Bem vindo ao Campeonato Brasileiro da quarta divisão.

Pensou em futebol, lembrou de Kaká, Ronaldo. Salários milionários, carros que valem casas e casas que parecem palácios, mas tem muito mais gente que ajuda a fazer do Brasil o país do futebol.

A bola alimenta o sonho de milhares de brasileiros. Gente que em um campo pensou em ter o futebol, como aliado para mudar de vida, mas o poder transformador dela é limitado.

Poucos saem do campo para brilhar nos gramados do mundo. A imensa maioria continua a driblar os buracos do campo e as dificuldades do dia-a-dia. Viaje com a gente atrás da bola por caminhos que você dificilmente viu ou ouviu falar.

Foram mais de 23.900 quilômetros percorridos em 32 dias de viagem. Visitamos 12 times, 11 cidades, em todas as regiões do Brasil. O campeão da série D vai viajar ainda mais. Esperança em uma briga diária contra a realidade. A história que começa em uma brincadeira de criança vira trabalho pesado. Rotina de suor e saudade.

Alto Araguaia, Mato Grosso. Em uma casa mora Sandro. Ele divide um quarto com mais quatro jogadores. O principal companheiro: o celular. Duas vezes ao dia, Sandro fala com a esposa Keislene, que ficou em Costa Rica, uma pequena cidade do Mato Grosso do Sul. Sandro joga do Araguaia, o vice-campeão do Mato Grosso. "Você faz um gol e decide ficar para ver se consegue um clube bom para ganhar um dinheirinho e investir em alguma coisa".

A história de Sandro é a mesma de muitos. Casas divididas. "Cada um vem de um canto do Brasil, com uma cultura muito diferente. Então é complicado", afirma Rafael, jogador do Araguaia. Ida ao treino à pé. "Para chegar lá e ganhar 30, 40, 50, 100 mil o camarada teve que deitar no chão, dormir mau, comer mau", afirma Sérgio, jogador do Cristal.

O estádio Virotão, em Naviraí. Tem capacidade para mil pessoas sentadas, mas em dia de jogo muito mais gente fica em um barranco, em pé mesmo. Aqui é a casa do Naviraiense, o representante do Mato Grosso do Sul na quarta divisão. É diferente dos estádios que estamos acostumado a ver, mas aqui nós temos um belo retrato do que é o futebol brasileiro.

Vestiário apertado, uniforme surrado, gramado sem drenagem, mas são eles que melhor espelham o futebol brasileiro. A média salarial desses jogadores de fé é R$ 1.200.

São números da Confederação Brasileira de Futebol. 84% dos jogadores ganham até R$ 1.000 por mês. 13% recebem entre R$ 1.000 e R$ 9.000 e somente três em cada 100 jogadores no Brasil ganham mais de R$ 9.000 por mês.

Macapá, a capital do Amapá, cidade banhada pelo Rio Amazonas, onde treina o Cristal. Aqui joga Róbson. Um jogador como a maioria dos jogadores. Um meia que atravessou o Brasil em busca do sonho de toda a família.

Róbson divide espaço em uma casa com outros 16 jogadores. A possibilidade de continuar correndo atrás de uma vida melhor, aos 26 anos, só é possível por causa da ajuda do pai. "Eu tenho um pai de ouro, que apesar de eu ter dois filhos novos. Em alguns casos o pai coloca o filho em casa para trabalhar. Meu pai não. Ele chegou para mim e falou: 'eu seguro a barra, vai em busca do seu sonho. É dai que eu tiro força".

Porto Alegre, 4.270 quilômetros do Macapá. Em uma casa de sala pequena mora Sr. Paulo, a esposa Noeli e Aline, a mulher de Róbson e os dois filhos dele, Cauã e Fernando. "Eu queria que meu pai estivesse aqui e jogasse em qualquer time mais pertinho".

Ver o filho, em um vídeo que a reportagem trouxe do Amapá é pouco para o pai. "Eu tenho que ter forças para continuar aqui. Vou rodar o Brasil em busca desse sonho". "Ele lutou tanto para ser profissional. Agora não dá para largar. Eu acredito que ele possa jogar em um grande clube", diz Sr. Luis Carlos.

É a esperança que alimenta a família de Robson e de todos que querem fazer da série D um caminho para brilhar no futebol.

    
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