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A luta antimanicomial
       Por José Magno Macedo Brasil

Começou em 1970 uma luta da sociedade organizada em relação ao tratamento das doenças mentais no Brasil, sendo uma reação direta pela necessidade da redemocratização do país, e nessa luta estava e está inserida a atenção para como é o modelo assistencial psiquiátrico (sanatório e manicômios) envolvendo sua conduta e procedência no tratamento, ou seja, constata-se que existe um modelo arcaico e violento de tratar os doentes mentais que acaba alienando e excluindo o doente, aumentando consequentemente o preconceito e a descriminação da doença, doente e sua família.

O que se viu e vem acontecendo é que esses sanatórios representam uma violência institucionalizada que gera o isolamento do doente excluindo-o, fazendo com isso que o doente mental perca seus direitos de cidadania e também violando seus direitos humanos. A luta antimanicomial revê esses conceitos clínicos e sociais buscando a desinstitucionalização brasileira, que representa processo de luta por mudanças no modelo assistencial composto por diversos participantes. O importante é abrir o campo assistencial (tratamento clinico) em uma dimensão global articulando os campos entre esses: o técnico assistencial, político, jurídico e sócio-cultural, campos que envolvem diretamente o doutor, a família e a sociedade, quebrando paradigmas e preconceitos fazendo a inclusão social.

Em 2005 o Brasil tinha 42.036 leitos psiquiátricos em 228 hospitais públicos e privados, hoje reduzimos esses leitos para 36.000, na maioria os hospitais dessa rede prestam serviços clínicos precários com diária por paciente de 22 a 30 reais, não dando ao paciente a preservação dos seus direitos civis, políticos, econômicos, culturais e sociais, isolando o doente da sociedade, e nesse cenário de falta de estrutura aparecem relatos de violência em hospitais, para se ter uma noção dessa realidade vinte mortes ocorreram em 2003, no hospital de custodia e tratamento da Bahia (manicômio), contexto macabro de como cuidamos dos doentes mentais no país.

A existência de uma política pública e mobilização social intensa é fundamental para assumirmos de vez a luta antimanicomial agregando e integrando diretamente a proposta da reforma psiquiátrica, propondo com isso mudarmos nossa postura em relação às doenças mentais, o doente e seu tratamento, deixando (sociedade) de chamar de louco o doente, é urgente também a busca da reinserção social, acordando para a situação buscando a terapia da liberdade, sair da escravidão e preconceito, libertando os doentes mentais da exclusão social, dando a eles dignidade e respeitando sues direitos, um dos direitos é viver ativamente dentro da sociedade, que busquemos já reforçar a luta antimanicomial e conseqüente reforma psiquiátrica almejando a liberdade do doente e sua inclusão social.

José Magno Macedo Brasil,
Psicólogo com Especialização em Abordagem em Psicanálise

 
   
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