Trabalhadores em assembleia

Os trabalhadores da Empresas ETH Bionergia realizaram assembléia geral nesta terça-feira (10) no Centro de Convivência do Idoso em Costa Rica/MS promovida pelo SINTRAB (Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Açúcar, Etanol e Bioenergia) com cerca 280 trabalhadores, Foi elaborada uma pauta de reivindicações salariais uma vez que a data base é o mês de maio.

Os trabalhadores reivindicam cerca de 14,13% de reajuste a “hora intiner” (intervalo entre a saída da residência e a chegada ao trabalho), nesse valor está incluído reposição salarial e aumento real de salários. Eles reivindicam também transporte coletivo livre, e ainda que seja pago valor referente à insalubridade. A proposta vale também para a Empresa IACO.

A assembléia foi mediada pelo Presidente da Federação dos Trabalhadores na Indústria do Estado, José Roberto Silva. Ele informou ao Hora da Notícia que será encaminhando para as empresas a proposta salarial com 8% de reajuste mais o INPC que deve ser em torno de 5%. Outra reivindicação e a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais em caso de ser cortadas as hora intiner dos trabalhadores da indústria e dos setores administrativo, nesse caso os trabalhadores querem a incorporação das horas extras nos salários.

O advogado da Federação, José Antonio da Silva informou que a empresa está pressionando para fazer o desconto no valor 6% no transporte uma vez que o transporte foi regulamentado e passou a ser público, “isso vai tirar beneficio dos trabalhadores e beneficiar a Empresa de Transporte Paraná que pertence ao ex-prefeito, Waldeli dos Santos Rosa”, disse o advogado.

A linha de ônibus já pertencia a Empresa Paraná, sempre transportou os trabalhadores e não era descontado, agora que o transporte foi regulamentado e passou a ser público querem descontar dos trabalhadores, a empresa é desobrigada a pagar disse o advogado.

Segundo ainda o advogado com a implementação no transporte público os trabalhadores podem deixar de receber uma hora extra diária o que acarretaria um prejuízo de R$ 300,00 no salário e ainda poderá ser descontado cerca de R$ 100,00 referente ao transporte.

De acordo com o presidente do Sindicato, Geraldo Pereira de Paula o piso salarial pago pelas empresas é de R$ 680.00 os trabalhadores reivindicam R$ 933,00.

O presidente destacou o alto custo de vida em Costa Rica como sendo um dos mais caros do Brasil. Segundo Geraldo o aluguel é muito caro e a média salarial dos funcionários é de R$ 1.000.00, “é muito pouco, impossível sobreviver”, disse.

Os advogados, Lourival Marcolino Claro, o “Xá” esteve presente na assembléia, se colocou a disposição do Sindicato e disse que os trabalhadores precisam estarem unidos em buscas da valorização. Já Valdemir Alves Junior "Mizinho" destacou a importância dos trabalhadores se fortalecerem para obterem conquistas salariais.

Hora da Notícia