Adão Batista Bueno dos Santos 55 anos foi condenado pelo Tribunal do Júri nesta segunda-feira (28) a 14 anos e 06 meses de reclusão na comarca de Costa Rica/MS acusado de matar a mulher, Almerinda Pinheiro dos Santos. O Ministério Público Estadual denunciou o réu no dia 04 de março de 2013 por homicídio, asfixia e motivo fútil. O presidente da sessão do júri, juiz Walter Arthur Auge Netto leu a sentença condenatória por volta das 15 horas.
De acordo com a denúncia o casal morava na Fazenda Nossa Senhora Aparecida, localizada no Distrito da Capela em Costa Rica. Ao chegarem a casa o casal ingeriu uma dose de pinga, Almerinda pediu mais um gole, o réu negou e desferiu um golpe com uma garrafa na região das costas da mulher e em seguida aplicou lhe uma gravata no pescoço da vítima e apertou por cerca de dez minutos, o que causou a morte da mulher.
Após, consumar o crime Adão deixou o corpo jogado no sofá e foi dormir, quando acordou arrastou o corpo até próximo um tanque, usado para lavar roupas e simulou que a mesma havia cometido suicídio, amarando uma blusa no pescoço da mesma. Adão voltou a dormir novamente e ao acordar ligou para seu irmão de nome Nedi e disse que havia encontrado Almerinda morta.
A defesa do réu foi exercida pelos advogados, Lourival Marcolino Claro e Patrícia Alves Costa. Eles sustentaram a tese de negativa de autoria, segundo a defesa o réu não matou a vítima, alegaram ainda não existir testemunhas do fato e justificaram que a mulher sofria de depressão.
Os advogados argumentaram ainda que o réu confessou ser o autor depois de ser “coagido e pressionado pelas autoridades policiais”.
O representante do Ministério Público, Bolivar Luiz da Costa Viera pediu a condenação do réu nas penas do crime de homicídio qualificado pelo motivo fútil e pelo emprego de asfixia, embora o acusado tenha negado a autoria, “ele fez a confissão na fase inicial do inquérito na delegacia”, justificou.
O corpo de jurados foi formado por seis mulheres e um homem. Estudantes da escola Estadual Santos Dumont assistiram ao Júri.
Os advogados de defesa informaram ao Hora da Notícia que vão recorrer da sentença aplicada.
O magistrado concedeu ao réu o direito de apelar da sentença em liberdade.
A mãe de Almerinda, Golbolcinda Ferreira Pinheiro, 82 anos, duas filhas e uma sobrinha acompanharam a sessão de julgamento. Golbolcinda disse ao Hora da Notícia que a justiça e foi feita, “estou muito triste, sinto muita falta de minha filha”.
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