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Economia
24/01/2009 - 14:57
'Comércio é próximo alvo de demissões', apontam analistas
G1
Depois da indústria, comércio e serviços são os setores mais propensos a sofrer nos próximos meses um impacto mais forte da crise do emprego, segundo analistas ouvidos pelo G1.
Os dados sobre emprego divulgados nesta semana pelo Ministério do Trabalho foram desalentadores: depois de cinco anos de crescimento contínuo, o número de postos de trabalho formais "encolheu" em quase 700 mil nos últimos dois meses de 2008. A indústria foi o setor que eliminou o maior número de vagas: 358,7 mil só em dezembro.

Os cortes na indústria superaram muito os do setor de serviços, o que mais emprega no país. Em dezembro, o setor perdeu 146,574 mil vagas (menos que a metade da indústria).

"Comércio e serviços serão os próximos atingidos. O trabalhador que ficou desempregado na indústria, que é o setor que paga melhor, não vai ter como comprar bens e serviços. Então, você vai ver uma diminuição na procura. Isso vai formando um círculo vicioso que vai crescendo", diz Jorge Pinho, professor especialista em mercado de trabalho da Universidade de Brasília (UnB).

Segundo os analistas, o "sofrimento" da indústria é resultado da maior relação do setor com o mercado externo e da maior dependência do crédito. Mas serviços e comércio deverão registrar mais cortes nos próximos meses, avaliam.

"Parou de haver encomendas à indústria. Com isso, a indústria tem que reduzir a sua produção, matéria-prima e mão-de-obra", diz Antônio Carvalho Neto, coordenador do curso de pós-graduação em administração da PUC de Minas Gerais e especialista em mercado de trabalho.

Fábio Romão, analista da LCA Consultoria, completa: "E teve uma piora das expectativas, o que projeta um aumento do conservadorismo. Boa parte de quem produz está 'sentado' em crédito, que está travado. E mesmo que não estivesse, pouca gente confia. Vão pensar duas vezes antes de fazer um financiamento".

Retração

Segundo Antonio Neto, da PUC-MG, o medo do desemprego também pode dar uma colaboração negativa. "Quem tem emprego, tem medo de perder e não quer gastar. Basta ver que no ano passado o [presidente] Lula estava pedindo para as pessoas gastarem", diz.

Mesmo com as perspectivas negativas, os analistas não acreditam em uma onda de demissões nos setores de comércio e serviços tão forte quanto a verificada na indústria.

"Por estar assentado na demanda doméstica, esses setores podem ter desaceleração mais branda que a indústria", diz Fábio Romão. E essa demanda, ele explica, será beneficiada pelo aumento do salário mínimo e por uma pressão inflacionária menor neste ano do que a ocorrida em 2008. "Isso pode dar alguma sustentação a esses setores", aponta.

Metodologias

É essa defasagem entre os setores que explica em parte, dizem os especialistas, porque a taxa de desemprego calculada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) registrou mínima recorde em novembro, apesar do corte de vagas apontado pelo Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (Caged) Ministério do Trabalho.

Na metodologia do Caged, são analisados os dados apenas de empregos formais, em 1.102 municípios de todo o país. Já o IBGE leva em conta empregos formais e informais em apenas seis regiões metropolitanas – áreas onde a indústria tem peso menor.

"Para o Caged, o emprego industrial tem grande peso, porque em grande parte o setor industrial é mais formal que os outros. E nas áreas metropolitanas o peso de serviços é muito grande, e ele vai responder com defasagem com relação ao que aconteceu com a indústria", explica Romão.

"Eu acredito que a queda em serviços e comércio vai ficar maior no final do trimestre. Mas vai haver reversão nos números do IBGE, com certeza".
    
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